quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Filme: CREPÚSCULO DOS DEUSES - Billy Wilder

Sim, o Último Ato está voltando com tudo com a ideia original de apresentar bastante filme clássico. O de hoje é sensacional, e espero que quem assistiu ou quem irá assistir goste tanto dele quanto eu.






Título: Crepúsculo dos Deuses
Título Original: Sunset Boulevard
Ano: 1950
Direção: Billy Wilder
Gênero: Drama/Noir
P&B - 110 min









Joe Gillis (William Holden) é um escritor-fantasma que está enfrentando um problema em seu processo de criação: nada do que ele escreve está sendo aceito pelo estúdio. Joe está cheio de dívidas, sem saber o que fazer, além de ter em sua mente que quer voltar para sua terra natal e trabalhar lá em um escritório.

Em um dia andando pela cidade, acaba topando com dois homens que estão em seu encalço para cobrar as dívidas. Eles querem o carro de Joe, e isso gera uma perseguição. Gillis então encontra no meio do caminho uma mansão aparentemente abandonada e guarda o carro lá, pensando em qual será seu próximo passo.


Ele não sabia, mas estava na casa da antiga estrela de cinema mudo Norma Desmond (Gloria Swanson) que ao saber que ele é escritor o contrata para revisar um roteiro que ela mesma escreveu, do filme Salomé, o qual a levaria de volta para as telas.




Aos poucos vamos conhecendo os motivos para a casa parecer abandonada, vamos conhecendo também a personalidade de Norma, que a cada minuto fica mais e mais estranha. Joe vai se vendo cada vez mais preso àquela relação, sem ter saídas.

Norma havia deixado o poder subir à sua cabeça. Gloria a interpreta tão maravilhosamente bem que às vezes eu me pegava imaginando se ela não estava um pouquinho alterada de verdade (hahaha brincadeiras a parte), o filme fala bastante como as estrelas também são "descartáveis" no mundo do trabalho. Ela, antes famosa, no auge, agora está completamente esquecida. A única pessoa que está de fato em sua vida é seu mordomo Max von Mayerling (Erich von Stroheim).

A história é narrada pelo próprio Joe Gillis, e a cena inicial é exatamente o ponto final do filme. Sim, já sabemos o que acontece logo de cara, a narrativa a partir dai se encarrega de explicar o que levou aquilo a acontecer.

ê mulher maravilhosa <3


É maravilhoso ver a construção que Norma faz em sua cabeça sobre o que está ao redor. Ela é uma vítima de seu passado, foi o que a fez assim. Uma estrela aclamada, rica, que na chegada ao cinema falado se encontra abandonada pelos fãs. Porém de forma alguma ela admite isso. Ela vive dentro da fantasia de que todos ainda a amam, de que sua volta será aclamada, reverenciada. Isso fica evidente no final, quando sua última fala fecha com chave de ouro todo o filme.

Gloria é uma atriz magnífica. Vê-la à mesa com Buster Keaton que faz uma participação especial é gratificante. Se esse filme não é uma das mais elevadas, mais bonitas, mais bem feitas expressões da sétima arte, eu não saberia dizer qual seria.

De todos os filmes que já resenhei e já indiquei, este eu faço questão de insistir para quem não assistiu ainda, ver. Este filme não é um filme para quem só buscar entretenimento, devo dizer que ele é além disso, muito além. 

É uma arte em 110 minutos. 



Então por hoje é só, espero que vocês tenham gostado. Nos vemos na próxima!

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