domingo, 26 de fevereiro de 2017

Livro: ONE MAN GUY - Michael Barakiva

Então, dona Anny está empolgada com os livros de gênero LGBT? Que eu gosto de ler sobre o tema, é fato. Mas acaba que não foi intencional ler tantos livros sobre ele de uma vez hahaha

Ganhei um box com três livros do David Levithan, depois, no meu aniversário ganhei mais dois sobre o tema, e por ter adorado as sinopses, mergulhei com tudo na leitura. Então, por isso trago para vocês hoje a resenha de mais um livro LGBT, que é lindo e tem uma história incrível. Bora conhecer?




Resenha Último Ato!
  • Título Original: One Man Guy
  • Autor: Michael Barakiva
  • Editora: Leya
  • 272 Páginas
  • 2015

Sinopse:
Um romance sobre dois garotos, dois mundos e um encontro.
Ethan é tudo o que Alek gostaria de ser: confiante, livre e irreverente. Apesar de estudarem na mesma escola, os dois garotos pertencem a mundos diferentes. Enquanto Ethan é descolado e tem vários amigos, Alek tem apenas uma, Becky, e convive intensamente com sua família e a comunidade armênia.
Mesmo com tantas diferenças, os destinos de Ethan e Alek se cruzam ao precisarem frequentar um mesmo curso de férias. Quando Ethan convence Alek a matar aula e ir a um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York, Alek embarca em sua primeira aventura fora de sua existência no subúrbio de Nova Jersey e da proteção de sua família.

E ele não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser seu amigo. Ou, talvez, mais do que isso.
One Man Guy é uma história romântica, comovente e engraçada sobre o que acontece quando as pessoas saem de suas zonas de conforto e ajudam o outro a ver o mundo (e a si mesmo) como nunca viram antes.

Neste romance, Michael nos apresenta a Alek, um rapaz filho de armênios bastante conservadores e bem focados em sua cultura. Digo isso porque eles a todo momento parecem - e são, digamos de passagem - bem fanáticos pela história do genocídio armênio, que aconteceu no começo do século XX e teve resultados devastadores.

Até por causa deste genocídio - que tem toda uma história e a explicação dada pelo autor do motivo que os pais de Alek pensam tanto nisso, embora ainda assim nada justifica excessos desta forma - eles odeiam, digamos que "repudiam" tudo que seja turco, tudo mesmo.

Enfim, Alek está próximo de suas tão aguardadas férias de verão da escola, e já havia feito muitos planos em relação a elas. Porém, os pais bastante exigentes, não ficaram satisfeitos com a nota que ele tirou em duas matérias, que embora tenham sido boas, não foram tanto quanto eles esperavam. Resultado: ele terá que estudar na escola de verão, procurando melhorar isso.

Claro que o rapaz fica estressado, nervoso com o que acontece. Porém de acordo com a situação da família, onde seu pai está há tempos desempregado e a mãe tem que trabalhar em período integral para sustentar a família que ainda tem o irmão de Alek para completar, ele acaba aceitando para não contrariá-los.

É nessa escola de verão que ele começa a conhecer Ethan, o garoto repetente da escola, assumidamente gay - fato esse que Alek só sabe depois - e os dois começam uma amizade.

Michael Barakiva. Source: Twitter
Eu sabia da existência desse livro se não me engano, desde o começo de 2016. Acontece que o preço dele estava um pouco salgado e quando abaixou foi justamente quando eu não podia comprar nada - maravilha. Porém, ganhei de aniversário (obrigada Lucas, seu lindo) e cá estou eu.

Li One Man Guy em umas três horas. A escrita de Michael é tão leve, tão gostosinha de levar, que nem me lembrei de soltar o livro.

Com a sinopse e talvez o começo de minha resenha, muitos podem pensar que esse livro é só mais um de adolescentes se apaixonando. Mas não é: ele mostra a descoberta de Alek sobre sua sexualidade, mostra o quanto um desastre pode afetar de certa forma a vida das pessoas por muito tempo, mostra como arriscar um pouquinho em certas coisas que sempre pareciam tão certas e tão lógicas, pode fazer bem e nos tirar de uma zona de conforto.

Digo isso não só pelo romance de Ethan e Alek, mas até pelos outros personagens: como por exemplo a melhor amiga de Alek, Becky, que tenta arriscar em algumas coisas também. Aliás, creio que ela seja minha personagem favorita do livro, embora não apareça exatamente sempre, sempre que aparece ela traz uma comicidade e um tempero diferente à história.

Source: Cinema de Buteco
Recomendo pra quem quer fazer uma leitura rápida, tranquila. Quem quiser estender e não terminar o livro em um dia só, também. Eu adoro quando só preciso ter algo pra ler antes que fique meio ansiosa e irritada (gente, acontece), e descubro histórias tão gostosinhas assim.


Citações:
"Alek, meu jovem, em certo ponto da vida, você vai aprender que tem uma diferença entre o que você tem de fazer e o que quer fazer. E, quanto mais cedo começar a descobrir o que quer em vez de o que tem de fazer, mais feliz você vai ser." Pág. 78

"Olha, quando se sente falta de alguém, não importa quem tinha de ter ligado. Você vai e procura." Pág. 104

"Acho que passamos muito tempo tentando cumprir as promessas que fazemos ou as regras que criamos e acabamos esquecendo que também é importante olhar bem essas promessas e regras e ter certeza de que estão cumprindo seu papel, e não o contrário." Pág. 229
                                                                                                                                                                 
                         


Para página do livro no Skoob, clique aqui.



Então, espero que gostem tanto quanto eu gostei desse livro! Nos vemos no próximo post!


2 comentários:

  1. Olha que coincidencia hein?! Tava na minha mente o tema LGBT e a sua resenha veio de encontŕo exatamente com o que tava pensando rs. Me chamou atenção as citações também, tão profundas, adorei.

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  2. HAHAHA eu leio mentes! Só que jamais. Esse livro é amorzinho demais...

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