Resenha
Último Ato!
- Título original: O Colecionador de Lágrimas
- Autor: Augusto Cury
- Editora: Planeta
- 376 Páginas
- 1ª Edição – 2012
“E se você pudesse voltar no tempo e mudar a História? Você o faria?
Um professor especialista em nazismo e II Guerra Mundial começa a ter insônia e pesadelos, como se estivesse vivendo as atrocidades ocorridas durante o Nazismo.
Em um ponto de desatino, diz que os alunos são parceiros de Hitler. Sua intenção é, na verdade, provocar a sensibilidade e a curiosidade de seus alunos.
Bem quisto por alguns, mas muito criticado e até processado por outros, sua inquestionável fama coloca os holofotes sobre ele. Ainda mais quando um estranho complô nazista parece persegui-lo.”
Resenhar esse
livro é complicado.
Tanto que
hoje, além da minha costumeira resenha, terei uma participação especial do
outro membro do Último Ato, Rodrigo, já que ele também leu a obra e deu sua
opinião onde digamos que é bem semelhante à minha.
Há pessoas que amam e há pessoas que detestam Augusto Cury. Em toda minha vida eu nunca conheci alguém meio termo. Eu li O Colecionador de Lágrimas tem um tempinho, e lembro bem de inúmeros detalhes (além de na época ter feito uma resenha, isso mesmo, eu resenhei o livro! Anotei num papel minha opinião e deixei guardadinho dentro dele), então lembro bem do que gostei e do que não gostei.
Como já mencionado,
esse livro fala sobre o Holocausto, mas não passa no Holocausto em si. Ele tem
muitos detalhes – MUITOS, MUITOS, M-U-I-T-O-S, mas falaremos disso mais tarde –
sobre a Segunda Guerra.
É uma história
super criativa. Bom, pelo menos a ideia original é. Cury tem tantas fontes
maravilhosas e completas em suas mãos sobre o Holocausto que chega a ser
impactante.
Falando sobre
a obra literária em si, ele foi bem inteligente em tentar construir um romance
nesse meio tão estranho e medonho do nazismo. Mas eu ainda não acho muito legal
fazer isso, se o romance não aconteceu na vida real. (Consegue me entender?
Falo no sentido do tipo... Diário de Anne Frank. O romance ali aconteceu, então para
mim é super aceitável. Mas o Colecionador de Lágrimas NÃO aconteceu. Então, não
é.)
Talvez meu
pequeno bloqueio em relação à obras nacionais – sim, adquiro esse bloqueio em
função às antigas aulas de literatura que tive, onde a professora “obrigava” a
ler os livros e não nos incentivava a pegá-los e descobrir o mundo que havia
neles – eu fiquei mais preocupada em ir contando quantas páginas faltavam pra
acabar do que saber mesmo o que ia acontecer na história, já que é praticamente
impossível pra mim conseguir abandonar um livro.
Psicologia é
definitivamente minha área. Tanto que eu faço psicologia na faculdade. Então
isso deveria ser utilizado como mais um ponto que me ajudaria a amar o livro.
Não foi bem assim que a banda tocou. O livro começa a despertar minha atenção a
partir da página 320. Na verdade, 318. É quando começa a me prender na
história. Ai acaba.
Tem muitos
detalhes, porém o problema é que são detalhes demais. Fico perguntando se o
personagem Júlio Verne está mesmo são. Sobre o final parecer ter sido tirado de
outro livro, de tão nada a ver que ficou com a história para mim, mas deixarei
Rodrigo falar mais sobre isso em sua opinião logo abaixo.
Porém eu fui
com muita sede ao pote, eu recebi indicações de professores, pessoas que
estavam no grupo dos que amam Augusto Cury. Me animaram a ler porque ele era
sobre um assunto que amo, e eu gastei meu precioso dinheirinho no livro, ciente
do meu bloqueio. Ai li e me decepcionei, infelizmente.
Eu já havia
lido “Manual dos Jovens Estressados” do Augusto e não gostei da forma dele de
levar, escrever uma história, e me arrisquei mesmo assim porque meu estudo
favorito dentro da história são as guerras mundiais. E Augusto conseguiu me
fazer ter preguiça.
Enfim. Darei
minha nota depois. Fiquem agora com a opinião do super crítico renomado,
ganhador de prêmios como quilos de paçoquinha... Rodrigo Luis!
Opinião
especial: Rodrigo.
Boa tarde
pessoas!
Vou começar
fazendo um resumo do livro, os pontos positivos.
O tema do
livro é interessante, o ponto de vista psicológico também é, ele te ajuda a
entender bastante da personalidade do Hitler, coisas que ele gostava que eram
inimagináveis, como por exemplo a arte, e tem mostrado que Hitler era realmente
um sociopata, ele não odiava tudo. Te ajuda a ver que aquele excomungado ser
escapou da morte duas vezes. A primeira do soldado que poupou sua vida na
primeira guerra – trecho que pode ser visto no documentário Guerras Mundiais do
canal History – e a segunda que ele estava no lago e se afogou (algo assim) e o
tio dele - ou caseiro - foi e o salvou desse afogamento.
Então, do
ponto de vista temático é um livro bom, traz coisas interessantes que servem para conhecer bem sobre o assunto. Só que: é informação demais. Ele
passa muitas informações úteis, mas também passa muitas informações
desnecessárias. Então chega a um ponto que o livro fica cansativo.
Há alguns
capítulos que ele basicamente repete o que já tinha falado, com outras palavras,
o que faz o livro ficar chato. No começo eu estava gostando da história, eu
estava achando interessante e tal, até chegar na metade. Da metade pra frente
que começam as repetições: a segunda metade é basicamente o mesmo que a
primeira.
É um livro
que relativamente não é tão longo assim, mas pela forma que foi escrita parece
ser enorme, - parece a “bíblia”, vamos dizer assim - tamanho que ficou o livro,
fora o fato de ele ter colocado o romance onde não tem nada a ver. Um romance
sem sal, bastante chato.
ATENÇÃO: ESTA PARTE PODE CONTER SPOILER
E para
finalizar, no final do livro ele encaixou uma viagem no passado que ficou
parecendo que, como ele enrolou tanto, esticou tanto o livro, com informações
inúteis, que ficou sem saída. Então o que teve que fazer: inventou uma viagem
no tempo para poder fazer um segundo livro. E contar no segundo livro o que
poderia ter contado na segunda metade do primeiro. Ficou sem ideia, inventou
uma viagem no tempo pra tentar mudar o passado, pra poder ganhar tempo. Foi
essa a impressão que tive, se foi essa a intenção do autor, não sei.
FIM DO
SPOILER
Em resumo: o
livro é interessante, com assunto interessante, do ponto de vista psicológico
traz informações sobre a mente do Hitler, mas no geral, é um livro cansativo,
livro chato, excesso de informações que em um momento fica insustentável e você
fica com preguiça de continuar. E possui um final absurdo que tem nada a ver
com a história, só pra “encher linguiça” só para ter uma válvula de escape.
Minha nota
para o livro: de 0 a 5 – 3
Nota da Anny para
o livro: de 0 a 5 – 2,5
Onde Comprar:
Augusto Cury. Fonte: http://www.acontecendoaqui.com.br/
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