domingo, 30 de agosto de 2015

Livro: O COLECIONADOR DE LÁGRIMAS - Augusto Cury


Resenha Último Ato!
  • Título original: O Colecionador de Lágrimas
  • Autor: Augusto Cury
  • Editora: Planeta
  • 376 Páginas
  • 1ª Edição – 2012
 Sinopse:
 “E se você pudesse voltar no tempo e mudar a História? Você o faria?
Um professor especialista em nazismo e II Guerra Mundial começa a ter insônia e pesadelos, como se estivesse vivendo as atrocidades ocorridas durante o Nazismo.
Em um ponto de desatino, diz que os alunos são parceiros de Hitler. Sua intenção é, na verdade, provocar a sensibilidade e a curiosidade de seus alunos.
Bem quisto por alguns, mas muito criticado e até processado por outros, sua inquestionável fama coloca os holofotes sobre ele. Ainda mais quando um estranho complô nazista parece persegui-lo.”

Resenhar esse livro é complicado.
Tanto que hoje, além da minha costumeira resenha, terei uma participação especial do outro membro do Último Ato, Rodrigo, já que ele também leu a obra e deu sua opinião onde digamos que é bem semelhante à minha.

Há pessoas que amam e há pessoas que detestam Augusto Cury. Em toda minha vida eu nunca conheci alguém meio termo. Eu li O Colecionador de Lágrimas tem um tempinho, e lembro bem de inúmeros detalhes (além de na época ter feito uma resenha, isso mesmo, eu resenhei o livro! Anotei num papel minha opinião e deixei guardadinho dentro dele), então lembro bem do que gostei e do que não gostei.
Como já mencionado, esse livro fala sobre o Holocausto, mas não passa no Holocausto em si. Ele tem muitos detalhes – MUITOS, MUITOS, M-U-I-T-O-S, mas falaremos disso mais tarde – sobre a Segunda Guerra.
É uma história super criativa. Bom, pelo menos a ideia original é. Cury tem tantas fontes maravilhosas e completas em suas mãos sobre o Holocausto que chega a ser impactante.
Falando sobre a obra literária em si, ele foi bem inteligente em tentar construir um romance nesse meio tão estranho e medonho do nazismo. Mas eu ainda não acho muito legal fazer isso, se o romance não aconteceu na vida real. (Consegue me entender? Falo no sentido do tipo... Diário de Anne Frank. O romance ali aconteceu, então para mim é super aceitável. Mas o Colecionador de Lágrimas NÃO aconteceu. Então, não é.)
Talvez meu pequeno bloqueio em relação à obras nacionais – sim, adquiro esse bloqueio em função às antigas aulas de literatura que tive, onde a professora “obrigava” a ler os livros e não nos incentivava a pegá-los e descobrir o mundo que havia neles – eu fiquei mais preocupada em ir contando quantas páginas faltavam pra acabar do que saber mesmo o que ia acontecer na história, já que é praticamente impossível pra mim conseguir abandonar um livro.
Psicologia é definitivamente minha área. Tanto que eu faço psicologia na faculdade. Então isso deveria ser utilizado como mais um ponto que me ajudaria a amar o livro. Não foi bem assim que a banda tocou. O livro começa a despertar minha atenção a partir da página 320. Na verdade, 318. É quando começa a me prender na história. Ai acaba.
Tem muitos detalhes, porém o problema é que são detalhes demais. Fico perguntando se o personagem Júlio Verne está mesmo são. Sobre o final parecer ter sido tirado de outro livro, de tão nada a ver que ficou com a história para mim, mas deixarei Rodrigo falar mais sobre isso em sua opinião logo abaixo.
Porém eu fui com muita sede ao pote, eu recebi indicações de professores, pessoas que estavam no grupo dos que amam Augusto Cury. Me animaram a ler porque ele era sobre um assunto que amo, e eu gastei meu precioso dinheirinho no livro, ciente do meu bloqueio. Ai li e me decepcionei, infelizmente.
Eu já havia lido “Manual dos Jovens Estressados” do Augusto e não gostei da forma dele de levar, escrever uma história, e me arrisquei mesmo assim porque meu estudo favorito dentro da história são as guerras mundiais. E Augusto conseguiu me fazer ter preguiça.
Enfim. Darei minha nota depois. Fiquem agora com a opinião do super crítico renomado, ganhador de prêmios como quilos de paçoquinha... Rodrigo Luis!

Opinião especial: Rodrigo.
Boa tarde pessoas!
Vou começar fazendo um resumo do livro, os pontos positivos.
O tema do livro é interessante, o ponto de vista psicológico também é, ele te ajuda a entender bastante da personalidade do Hitler, coisas que ele gostava que eram inimagináveis, como por exemplo a arte, e tem mostrado que Hitler era realmente um sociopata, ele não odiava tudo. Te ajuda a ver que aquele excomungado ser escapou da morte duas vezes. A primeira do soldado que poupou sua vida na primeira guerra – trecho que pode ser visto no documentário Guerras Mundiais do canal History – e a segunda que ele estava no lago e se afogou (algo assim) e o tio dele - ou caseiro - foi e o salvou desse afogamento.
Então, do ponto de vista temático é um livro bom, traz coisas interessantes que servem para conhecer bem sobre o assunto. Só que: é informação demais. Ele passa muitas informações úteis, mas também passa muitas informações desnecessárias. Então chega a um ponto que o livro fica cansativo.
Há alguns capítulos que ele basicamente repete o que já tinha falado, com outras palavras, o que faz o livro ficar chato. No começo eu estava gostando da história, eu estava achando interessante e tal, até chegar na metade. Da metade pra frente que começam as repetições: a segunda metade é basicamente o mesmo que a primeira.
É um livro que relativamente não é tão longo assim, mas pela forma que foi escrita parece ser enorme, - parece a “bíblia”, vamos dizer assim - tamanho que ficou o livro, fora o fato de ele ter colocado o romance onde não tem nada a ver. Um romance sem sal, bastante chato.

ATENÇÃO:  ESTA PARTE PODE CONTER SPOILER
E para finalizar, no final do livro ele encaixou uma viagem no passado que ficou parecendo que, como ele enrolou tanto, esticou tanto o livro, com informações inúteis, que ficou sem saída. Então o que teve que fazer: inventou uma viagem no tempo para poder fazer um segundo livro. E contar no segundo livro o que poderia ter contado na segunda metade do primeiro. Ficou sem ideia, inventou uma viagem no tempo pra tentar mudar o passado, pra poder ganhar tempo. Foi essa a impressão que tive, se foi essa a intenção do autor, não sei. 
FIM DO SPOILER

Em resumo: o livro é interessante, com assunto interessante, do ponto de vista psicológico traz informações sobre a mente do Hitler, mas no geral, é um livro cansativo, livro chato, excesso de informações que em um momento fica insustentável e você fica com preguiça de continuar. E possui um final absurdo que tem nada a ver com a história, só pra “encher linguiça” só para ter uma válvula de escape.

Minha nota para o livro: de 0 a 5 – 3
Nota da Anny para o livro: de 0 a 5 – 2,5


Onde Comprar:




Augusto Cury. Fonte: http://www.acontecendoaqui.com.br/

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