Resenha
Último Ato!
- Nome Original: Us
- Autor: David Nicholls
- Editora: Intrínseca
- 384 páginas
- 1ª Edição – 2015
Sinopse
completa: Ver no site da editora
Breve
Sinopse: Nosso personagem principal,
Douglas, é um bioquímico de 54 anos de idade, é casado (há 25 anos!) com Connie
e eles tem um filho chamado Albie de 17. Em um dia, acordado no meio da noite
por ela, Douglas descobre que Connie quer o divórcio.
Albie está prestes a iniciar os estudos na faculdade, e Connie decide mesmo que precisa recomeçar sua vida. Porém, ainda quer fazer a grande viagem que estavam planejando para ser a última antes de Albie partir, e vão para o chamado “Grand Tour” pela Europa.
David nos dá,
então, em capítulos super curtinhos uma visão do presente – de um Douglas de
esforçando para reconquistar a mulher e o respeito do filho – com o passado,
onde ele narra como foi conhecer Connie, como foram os primeiros encontros,
namoro sério, conhecer os pais, pedido de casamento, primeira filha...
Connie é
excêntrica, uma artista que adora pintar e participar de inúmeras festas, e é
em uma delas – na de Karen, irmã de Douglas – que ela o conhece. Ele, por sua
vez, é totalmente diferente dela: antissocial
e tímido, prefere ficar sentado estudando do que se misturar com pessoas
que sequer conhece.
Connie havia
acabado seu relacionamento com um namorado de anos, e cansada – acrescente “chapada”
na história também – ela vai embora com a companhia de Douglas.
Já no presente, durante a
história vários contratempos acontecem, e um deles, é Albie que se envolve em
uma briga. Douglas tenta resolver o assunto, mas Albie entende como uma
afronta, uma falta de consideração, e foge com a então namorada evitando
qualquer tipo de contato com os pais. Douglas imagina então, um grande
reencontro onde “poderá receber o respeito do filho e reconquistar a mulher”,
sim, ele ainda pensa nisso.
E então, será
que ele consegue?
Minha
opinião: Vou me segurar, prometo. (hahaha aham)
Se não me
engano, ano passado eu estava navegando inocentemente no facebook quando vi
uma notícia em inglês: “Novo livro de David Nicholls, Nós, terá seu lançamento em...” ai
o sofrimento por antecedência me atingiu: VÃO DEMORAR UMA ETERNIDADE PARA
TRADUZIR ESSE LIVRO!
E não foi
tanto assim. Na verdade, sim, eu me surpreendi com a rapidez com que o livro
surgiu aqui no Brasil, com essa capa maravilhosa igual à original. E só vi que
ele já estava sendo vendido quando escolhia livros para meu aniversário.
Enfim,
falemos do conteúdo. Há uma coisa que eu falo sempre que pego um livro inédito
de David: David Nicholls nunca me decepciona. Li primeiro Um Dia, depois O
Substituto, e Resposta Certa em seguida. E não tenho absolutamente nada a
reclamar.
Falei no
twitter que no começo do livro, eu queria que Douglas conseguisse consertar o
casamento, porque fica mais que claro que ele AMA Connie de verdade. E o filho
dele também, ele ama Albie. Mas então fui conhecendo um por um, cada um com sua
personalidade totalmente diferente do outro, e comecei a detestar Connie. É isso,
ela é mal educada com Douglas, nunca parece satisfeita e sempre tem uma bala
pronta pra atingir alguém. Isso me fez entender rápido o porquê de Albie ser
tão difícil: Douglas tentava cuidar dele enquanto Connie apenas passava a mão
da cabeça do menino.
ALERTA: A
SESSÃO A SEGUIR PODE CONTER SPOILER
Chegou um
ponto do livro que tudo que eu queria era ler a última página, porque se Connie
não se separasse de verdade de Douglas, seria minha primeira decepção com David
Nicholls.
E eu falei
isso com Rodrigo, o outro editor aqui do Último Ato! Eu disse: “Espero que
David tenha os separado no final, caso contrário vai ser o primeiro livro dele
ao qual vou me decepcionar”.
Pois então,
só um detalhe rapidinho aqui: Lembra que eu disse que David nunca me
decepciona? Exato. Ele não me decepcionou.
FIM DO
SPOILER
Quando a
pessoa sabe escrever, eu quero aplaudir, bater nela, beijar ao mesmo tempo,
enfim. Se tem um cara que SABE escrever romance, sem melação, sem chatice, sem
choradeira, é David Nicholls.
E se vocês
querem uma experiência super boa com ele, leia “Nós”. Seus capítulos curtinhos
fazem a leitura desenrolar super rápido. Sem contar que minhas etiquetinhas para marcar as melhores frases quase se foram todas para esse livro.
Quotes:
“A vida sexual de outras pessoas é um pouco como as férias das outras pessoas: você fica feliz que elas tenham se divertido, mas não estava lá e não quer necessariamente ver as fotos.” (Pág. 76)
“Mas como você pode não gostar de música? É o mesmo que não gostar de comida!” (Pág. 123)
“Achamos que temos independência e imaginação, mas não temos mais liberdade para ir e vir que os bondes sobre trilhos” (Pág. 209)
“Fingir que nada mudou é uma mudança por si só.” (Pág. 235)
“(...) e ocorreu-me mais uma vez que a dor tem mais relação com aquilo que a pessoa nunca teve do que com a tristeza pelo que perdeu.” (Pág. 256)
“O problema de viver o momento é que o momento passa.” (Pág. 267)
“Do ponto de vista evolutivo, a maioria das emoções – medo, desejo, raiva – serviam a algum propósito prático, mas a nostalgia é uma coisa fútil e inútil, porque é o desejo de algo que está para sempre perdido (...)” (Pág. 373)
Nota: De 0 a
5 estrelas - 4,9
Onde comprar:
David Nicholls. Fonte: http://www.toppingbooks.co.uk/books/prize/title/david-nicholls-us/
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