- Nome Original: L’ultimo ballo di Charlot
- Autor: Fabio Stassi
- Editora: Intrínseca
- 224 Páginas
- 1ª Edição – 2015
Breve
Sinopse: Fabio Stassi nos dá uma mistura de ficção com a realidade nesse livro.
Não se deve acreditar em todos os fatos como reais – assim o próprio autor
explica em suas notas finais, dizendo “(...) a aventura que vocês leram é
totalmente imaginária, embora contenha muitas situações verdadeiras.” (pág.
221). Longe de parecer uma – "mais uma", como dizem – biografia de Chaplin, A
Última Dança é um romance sobre suas experiências antes, durante e depois do
cinema, apresentando a melancolia tão vista nos olhos do querido Tramp, o “vagabundo”
de seus filmes.
É natal de 1971 e a morte aparece para um Charlie velho e cansado. É hora de ir, mas ele se recusa: Seu filho mais novo, Christopher, ainda é uma criança e ele gostaria de vê-lo crescer. Assim um acordo é feito entre Chaplin e a morte: se ele a fizesse rir, ela o daria mais um ano de vida e só iria voltar no natal seguinte.
Em seu último
natal, Charlie decide contar a seu filho algumas histórias que nunca
revelou a ninguém, então antes da chegada “da velha”, Chas escreve uma carta a
ele.
É nessa carta
que conhecemos toda a sensibilidade e paixão do jovem, do garoto Chaplin, desde
Inglaterra até os EUA.
Minha
opinião: Claro que em todo lugar que você ler uma resenha ou até mesmo ver uma
entrevista do autor, caso tenha, você vai ouvir/ler um milhão de vezes que esse
livro é mais ficção que realidade. E lógico que ninguém é obrigado a conhecer a
vida toda de Chaplin de cor e salteado para saber distinguir tudo, também.
Porém para
quem quer mesmo saber até onde vai a imaginação e começa a vida em relação a
esse ser humano incrível, recomendo dois livros para vocês: “Minha Vida”, do
próprio Charles Chaplin, e “Chaplin, Uma Biografia Definitiva” de David
Robinson. Prometo fazer uma resenha de “Minha Vida” mais pra frente, já que é
meu livro favorito de todos.
Sim, quem me
conhece sabe que sou fanática, quase, por Chaplin. Sabe aquelas pessoas que tem
fotos de um cara na parede, todos os filmes dele, as músicas dos filmes,
entrevistas em vídeo, áudio, centenas de fotos no computador... Eu. E eu sabia
que esse livro de Fabio ia me pegar de surpresa.
Ele não só
acrescenta pedaços reais biográficos no livro, como referências à muitos
filmes, tudo se encaixa perfeitamente e com uma sutileza, uma simplicidade que
realmente, Chaplin poderia aplaudir caso o lesse. Muitas vezes a
imaginação ia voando tão longe que eu me senti nas histórias que eu escrevo
relacionadas à Charlie. Me senti leve lendo esse livro.
E no final, me imaginei ao lado de Chaplin no natal de 1977, e isso é bem importante
para mim. Vou tentar não me alongar muito (mais ainda) na minha opinião, mas é
como eu disse a uma amiga agora pouco: não consigo ser breve quando falo de um
dos meus heróis.
Ah Fabio, um muito obrigada, inclusive. Você fez o que Chaplin não fez muito na autobiografia dele: falou de Stan Laurel um pouco a mais. Amo ele, e fico feliz que dois caras que admiro muito tenham sido amigos!
Ah Fabio, um muito obrigada, inclusive. Você fez o que Chaplin não fez muito na autobiografia dele: falou de Stan Laurel um pouco a mais. Amo ele, e fico feliz que dois caras que admiro muito tenham sido amigos!
Enfim, gente.
Chaplin não foi o que eu já ouvi muitos dizerem “um cara lá do bigode
que fazia filme sem som e era desajeitado”, por favor, não. Se não é
interessante para você ler uma biografia grande como a de David, ou até a autobiografia
de Charlie, leia A Última Dança. É bem curtinho, é bem rápido. E é lindo.
Onde o Livro
entra?
- História: biografia, viagens pelos EUA, localizações, referência à clássicos (filmes e livros).
Dessa vez pensei em compartilhar não apenas uma citação do livro, mas seis, é. Haha, aqui estão:
“A minha memória é um guarda-roupa tão inverossímil que não sei mais se realmente vivi ou se sonhei o que ele contém.” (pág. 18)
“Estou cansado de ouvir as pessoas dizerem de que lado estou.” (pág. 46)
“Se existe um modo para embalsamar a memória, eu o encontrarei, senhor.” (pág. 55)
“A nostalgia é sempre um sentimento desleal, esconde-se atrás de uma escada de incêndio e dá uma rasteira em você quando quer.” (pág. 65)
“(...) lidar com livros pode ser muito mais perigoso do que se imagina” (pág. 69)
“Transformar a própria juventude em uma fantasia não é uma bela maneira de relembrá-la?” (pág. 159)
Nota: de 0 a
5 estrelas - 4,8
Onde Comprar:
Um gênio... os melhores vão cedo..
ResponderExcluirseguindo voce como Mary Martins. retribui?
www.meninadesencanada.blogspot.com
Retribuindo, obrigada! Seja muito bem vinda, Mary! Blog lindo o seu!
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