domingo, 17 de dezembro de 2017

Livro: FRANKENSTEIN - Mary Shelley

Mais um clássico da literatura? Mais um clássico da literatura.

Resenha Último Ato! 
  • Nome Original: Frankenstein or the Modern Prometeu
  • Autora: Mary Shelley
  • Editora: Nova Fronteira 
  • 236 páginas
  • 2ª Edição – 2014
Sinopse:
Inebriado por uma sociedade cientificista e encantado com a alquimia medieval, um estudante decide criar um ser humano. Quando, porém, ele dá o sopro de vida à criatura, é tomado de horror e foge, abandonando sua invenção. Com uma personalidade a um só tempo dócil e cruel, forjada numa existência solitária no mundo, o monstro decide ir atrás de seu criador. Mas é novamente rejeitado e, amargurado pelo modo odioso com que é tratado pelas pessoas, inicia a mais cruel das vinganças, que desencadeia uma dupla perseguição e um inevitável fim trágico.

O Capitão Walton está indo de barco fazer uma grande viagem até o Polo Norte, e conta por meio de cartas para sua irmã Elisabeth como está sendo a empreitada e principalmente como ele sente falta de ter um amigo próximo ao qual confiar em manter seus segredos. Um dia ele acaba vendo sobre o gelo passar um trenó puxado por cães, levando uma criatura monstruosa, enorme. Pouco depois Walton salva um rapaz prestes a congelar no mar, e cuida de sua saúde até que ele tenha alguma melhora. 

Na medida em que sua saúde se restabelece aos poucos, esse rapaz, chamado de Victor Frankenstein, começa a confiar em Walton o suficiente para alertá-lo sobre os perigos da procura incessante pelo conhecimento desmedido. Com isso, ele conta sua história, sua bizarra história de como se tornou um químico com uma grande criação.

Neste momento, quem passa a narrar o livro é o próprio Victor, onde ele conta como foi sua infância e como foi parar na faculdade para estudar química. Ele estava obcecado para descobrir a origem da vida, e depois de vários e vários meses de pesquisa, acabou criando um monstro, uma criatura horrenda a qual se arrependia amargamente desde então.

A criatura na adaptação para o cinema em 1931.
Walton escreve toda a história de Victor enquanto este a narra, para apresentá-la também a sua irmã. Vamos conhecendo o horror da criação do "monstro" (o que muitas pessoas chamam de Frankenstein, como uma junção de seu criador e a criatura), e mais a frente no livro temos outra história dentro desta: a própria criatura conta o que passou desde seu "nascimento".

Inicialmente eu quero falar sobre esta edição da Nova Fronteira. Impecável como vem sendo seus trabalhos, livro em capa dura, diagramação excelente, páginas amareladas e uma tradução maravilhosa de Adriana Lisboa. Este livro eu comprei em um box ao qual vem dois outros clássicos do terror, Drácula e O Médico e o Monstro (este último eu já resenhei aqui no blog, na edição da Editora Melhoramentos e você pode conferir clicando aqui). O box também é maravilhoso, com as artes das capas dos livros impressas nele. Nova Fronteira está com trabalhos lindos!

Eu venho nutrindo um interesse maior por Thrillers desde que comecei a assistir a segunda temporada de The Exorcist no FX, o qual embora eu tenho visto a primeira em sua exibição original, foi na segunda que a vontade de procurar mais sobre esse universo surgiu. Voltando à história, desde o momento em que Victor dá vida à sua criatura, e isso sendo reforçado pela narrativa do próprio "monstro", eu fiquei me perguntando quem era de fato o ser monstruoso da história. 

Mary Shelley. Imagem: Blog O Povo.
Victor deu vida a um ser, e por preconceitos próprios se sentiu enojado com o que criou e abandonou-o. A criatura queria ser boa e conheceu a bondade dos homens, mas sofria todas as vezes que tentava se aproximar: o preconceito de Victor estava estampado em todo e qualquer ser humano, em uma sociedade em que a aparência é mais importante que a personalidade e a índole. Afinal, vivemos isso ainda nos dias de hoje, não é mesmo?

A criatura declara vingança ao ser rejeitado por seu criador, mesmo tendo feito uma oferta de paz ao qual desaparecia de vez da vida de Victor caso ele cumprisse sua parte do acordo. O desfecho do livro possui um diálogo impressionante e marcante, o qual deixarei no ar para que quem não conheça, tenha o gostinho de ler. 

A criação da história começou por causa de um desafio proposto por Lord Byron a um grupo de escritores, o desafio de quem conseguiria escrever a melhor história de terror. Este livro deu origem a diversas adaptações no cinema, teatro, quadrinhos, desenhos e até rádio. É uma das histórias de horror mais conhecidas, e vale muito a pena ler e reler.

Abaixo, você pode conferir o trailer da adaptação de 1931 da história.


Bom galera, vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado! Nos vemos no próximo post. Ah, e não se esqueça de curtir a página no Facebook do blog e nos seguir para sempre ter em primeira mão os novos conteúdos!

Até mais!

6 comentários:

  1. Classico mesmo. Frankensten é uma das poucas historias que quebra essa barreira de ser apenas historia, pra virar lenda. É quase um folclore, arrisco dizer.

    ResponderExcluir
  2. Já vi tantas referências e adaptações da história da criatura de Frankenstein que nem sequer passava pela minha cabeça que tudo isso nasceu de um livro mesmo. Até no Chapolin eu já vi o Frankenstein!
    É uma ótima indicação, agora quero muito ler e conhecer a história original.
    Valeu Anny, até o próximo post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, estamos tão acostumados com todas as adaptações que nos surpreendemos quando topamos com a obra original. Obrigada Danilo, até o próximo!

      Excluir
  3. Inúmeras são as adaptações sobre Frankenstein, cada qual com seu ponto de vista, cada qual com uma visão peculiar sobre a história.
    O mais interessante é que a história, mesmo que antiga, continua tendo seu tema central muito atual. A busca incessante pelo conhecimento, o querer ser Deus e o preconceito já estavam enraizados na sociedade desde sempre!
    Obrigado por mais esta resenha incrível Anny, sempre deixando um gostinho de quero mais nos seus leitores, até logo pessoinha.
    PS - O trailer ao final acrescentou muito a resenha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aquela sede de conhecimento pode ser muito proveitosa - afinal vem dela as maiores descobertas - mas também pode ser perigosa, não é?! Frankenstein é um livro incrível, apaixonante. Obrigada pelo comentário Fred, nos vemos no próximo!

      Excluir

Comente! Sua opinião é importante para nós!

A equipe responderá todos os comentários assim que possível. =)
Comentários ofensivos serão apagados e seus usuários denunciados.